terça-feira, 7 de outubro de 2014

"ALFAJOR" PRATO TÍPICO DOS IMIGRANTES ESPANHÓIS NO ESTADO DE SÃO PAULO - KELLY KAROLAINE

Alfajor
Fonte: http://www.harald.com.br/receitas/DetalhesReceita.aspx?ReceitaId=1009
  É um doce tradicional da Argentina, Chile, Peru, Uruguai e outros países ibero-americanos, mas originalmente criado na Espanha. O doce nasceu em Andaluzia, o nome vem do árabe al hasu e significa recheado. Não, ele não é argentino, mas merecia ser.

Um Pouco Da História:
  A história do alfajor, o doce mais tradicional da Argentina tem origem na cozinha árabe. O doce é composto de duas ou três camadas de massa, que após assadas devem ser levemente crocantes e macias, quase esfarelando, mas firmes, e com recheio de doce de leite, coberto com chocolate derretido ou polvilhado com açúcar de confeiteiro.
  Originalmente produzido com amêndoas, mel e avelãs, chamou-se também alaju, e chegou às ruas espanholas como alfajor. Daí para frente, sua receita sofreu várias alterações, até chegar à composição atual que usa farinha, açúcar, ovos, essência de limão e amêndoas, recheada de doce de leite e coberta de chocolate ou açúcar.
  No século XVIII, em Córdoba, nos conventos e casas religiosas, mãos habilidosas preparavam entre outros doces um biscoito de formato quadrado, unidos entre si por doce de leite e cobertos de açúcar, era chamado de tableta.
  O pioneiro dos alfajores argentinos foi, em 1869, D. Augusto Chammás (químico francês que chegou em 1840) que inaugurou uma pequena indústria familiar dedicada à confecção de doces e outros confeitos.

RECEITA
Ingredientes
Cobertura:

200 g de chocolate meio amargo picado

Massa:
1 xícara de chá de manteiga em temperatura ambiente
1 xícara de chá de açúcar
3 gemas
2 colheres de chá de essência de baunilha
1 colher de sopa de raspas de limão
1 colher de sopa de conhaque
2 xícaras de chá de farinha de trigo
2 xícaras de chá de maizena
1 colher de sopa de fermento em pó
6 colheres de sopa de leite gelado

Recheio:
300 g de doce de leite cremoso
2 colheres de chá de essência de baunilha


MODO DE PREPARO
  • Ligue o forno à temperatura média;
  • Misture em uma tigela a manteiga (reserve 1 colher de sopa), o açúcar, as gemas, a baunilha, as raspas de limão e o conhaque até ficar cremoso e homogêneo;
  • Junte, aos poucos, a farinha peneirada com a maisena e o fermento, simultaneamente com o leite;
  • Se necessário, junte mais farinha;
  • Transfira para uma superfície lisa e sove até desgrudar das mãos;
  • Deixe descansar por 15 minutos;
  • Abra a massa numa superfície enfarinhada até obter 1 cm de altura;
  • Corte em 32 círculos de 5 cm de diâmetro, e coloque-os em assadeiras, untadas com a manteiga reservada;
  • Leve ao forno por 15 minutos, ou até dourar;
  • Retire do forno, desenforme e deixe esfriar;
  • Una os círculos com o doce de leite misturado com a baunilha, formando os alfajores;
Cobertura:
  • Derreta o chocolate em banho-maria e banhe os alfajores, um a um;
  • Coloque-os numa fôrma forrada com papel-alumínio e leve à geladeira por 20 minutos, ou ficar firme.

Fonte: http://www.tudogostoso.com.br/receita/10876-alfajor.html

Pronto!

Imigrantes Espanhóis no Estado de São Paulo:
  A difícil situação que a Espanha vivia no fim do século XIX, por conta de sua economia agrária ser insuficiente para suprir as demandas internas, gerou desemprego e fome. O Brasil, vivendo um momento de pujança e com políticas de fomento populacional foi, então, o destino de milhares de famílias espanholas. Esse movimento é considerado a terceira maior leva que imigrou para o Brasil, depois dos italianos e portugueses, entre a segunda metade do século XIX até o início dos anos 1970.
  Espanhóis das províncias da Galícia, Catalunha, Valência, Navarra e das cidades de Sevilha, Cadiz, Córdoba, Almeria, Granada e Málaga formam o principal grupo de imigrantes que se dirigiram ao Brasil. Partiam dos portos espanhóis de Vigo, La Coruña, Barcelona, Valência, Sevilha, Cadiz, Malaga e Gibraltar. Há também muitos registros de espanhóis que partiram do porto de Leixões, na cidade do Porto, em Portugal.
  Concentraram-se principalmente no estado de São Paulo, atraídos pelas oportunidades de trabalho nas lavouras de café. Mais de 750 mil espanhóis entraram no Brasil a partir do fim do século XIX até os anos 1960. A primeira e mais numerosa leva de imigrantes espanhóis, até os anos 1930, dirigiu-se principalmente para o campo, mas os que vieram depois da Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) encontraram nas cidades e nas indústrias as maiores oportunidades para refazer sua vida. O envolvimento, vale frisar, de espanhóis em movimentos operários é bastante significativo: foram participantes ativos nas greves de 1917, em São Paulo.
  Na capital paulista, os espanhóis fixaram-se principalmente nos bairros da Mooca, Ipiranga, Cambuci e Brás. Municípios como São Bernardo, São Caetano e Santos também possuem importantes núcleos de imigrantes dessa nacionalidade.

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